O prêmio foi entregue a diretoria da instituição na quinta-feira (09/02) pelo ex-ministro Aldo Rebelo, representante do Instituto José Bonifácio
Compartilhe: Compartilhe por Facebook Compartilhe por Twitterlink para Copiar para área de transferência
Publicado em 16/02/2023 17h05 Atualizado em 16/02/2023 17h08
Agência Museu Goeldi – O Museu Paraense Emilio Goeldi recebeu o prêmio José Bonifácio na categoria Ciência e Tecnologia. A honraria é concedida pelo Instituto José Bonifácio para “pessoas físicas e jurídicas que tenham se destacado na defesa dos interesses nacionais, da democracia, do desenvolvimento social, da cultura, das artes e das ciências, valores e causas caros ao Instituto”, como afirma o site do Instituto. O Prêmio e Certificado foram entregues pelo ex-ministro Aldo Rebelo durante sua visita a Belém.
Além do Museu Goeldi, nomes como Marta Vieira da Silva (Esportes), Antônio Risério (Sociologia), Ivanildo Vila Nova (Cultura Nacional), Luiz Fernando Casagrande Pereira (Direito) e Ciro Gomes (Política) foram alguns dos premiados em 2022.
A entrega do prêmio foi feita em Belém, no Parque Zoobotânico do Goeldi, na quinta-feira (09/02) pelo político e jornalista Aldo Rebelo, acompanhado do presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac do Pará, Sebastião de Oliveira Campos. Acompanhando a diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ely Simone Gurgel, estiveram presentes: Maria Emília Sales (coordenadora de Comunicação e Extensão), Roseny Mendes (coordenadora de Administração), Amílcar Mendes (coordenador de Planejamento e Acompanhamento e NITT/MPEG), Hein van der Voort (coordenador de Ciências Humanas) Marlúcia Martins (coordenadora da pós-graduação em Biodiversidade e Evolução) e Joice Santos (chefe da Comunicação Social).
Bonifácio – A estatueta da premiação é um busto de José Bonifácio, conhecido como patriarca da independência, o naturalista foi ministro do Reino e Negócios Estrangeiros entre 1822 e 1823.
José Bonifácio de Andrada e Silva foi um naturalista, assim como grandes nomes da fundação do Museu Paraense Emilio Goeldi, como seu fundador e primeiro diretor Domingos Soares Ferreira Penna e o próprio Emilio Goeldi, que dá nome a instituição.
Em sua carreira como naturalista, Bonifácio teve grande reconhecimento no campo da mineralogia. Ele descobriu quatro minerais, incluindo a petalita, que mais tarde permitiria a descoberta do elemento lítio, e a andradita, batizada em sua homenagem.
Em 11 de janeiro de 2018, foi José Bonifácio declarado oficialmente Patrono da Independência do Brasil.
Aldo Rebelo – Político alagoano cuja trajetória iniciou ainda estudante, se firmou em São Paulo, onde elegeu como vereador e deputado federal, chegando a presidir a Câmara dos Deputados do Brasil (2005 a 2007). José Aldo Rebelo, durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foi ministro de Coordenação Política e Assuntos Institucionais do Brasil (2004 a 2005), da Defesa (2015 a 2016), do Esporte (2011 a 2015), e da Ciência, Tecnologia e Inovações (2015), sendo este o mistério ao qual o Museu Goeldi é vinculado.
Atualmente, Rebelo atua no conselho do Instituto José Bonifácio, que foi fundado em 2003 e tem sede em São Paulo. Segundo registro, a principal função do instituto é trabalhar com atividades de associações de defesa de direitos sociais. Outras atividades registradas do Instituto são atividades de organizações associativas ligadas à cultura e à arte; Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências sociais e humanas; Serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas.
Rebelo explicou que a premiação era uma “dívida de reconhecimento” com o Goeldi, que tanto contribui tanto com o cuidado da história brasileira como também com pesquisas para ajudar no presente e futuro.
Em conversa cordial e pontuada por muitas histórias com os pesquisadores, Aldo perguntou e foi indagado sobre algumas questões amazônicas que estão em sua agenda. Foi abordado o financiamento de ciência, problemas de descontinuidade de políticas públicas, captação de recursos, necessidade de abrir concursos para novos talentos – atualmente o Museu Goeldi tem 200 vagas para repor -, desenvolvimento sustentável, bioecomia e Terras Indígenas.
Aldo ressaltou a importância da valorização de institutos como o Goeldi, que precisa de investimentos e cuidados. O ex-ministro teceu diversos elogios ao Museu Goeldi e toda sua trajetória de pesquisas, preservação e contribuição para a ciência nacional.
Os representantes do Goeldi entregaram uma cópia da Nota Técnica com argumentações contrárias a liberação da mineração em Terras Indígenas, além de diversas publicações, ressaltando que são obras resultantes dos estudos institucionais sobre questões importantes para a Amazônia.
Durante seu passeio no Parque Zoobotânico da instituição, o ex-ministro conheceu o novo Centro de Exposições Eduardo Galvão e elogiou a exposição “Diversidades Amazônicas”. Ao fim, prometeu voltar mais vezes para uma visita completa em todas as sedes do Museu Goeldi.