O caso Lázaro e como a esquerda ganhou o desprezo da sociedade

    Gustavo Castañon (artigo publicado no Portal Disparada)

    O artigo demencial de Lelê Teles sobre o caso Lázaro publicado pela Revista Fórum e o 247, sem dúvida, não representa a visão majoritária da esquerda, assim como não a representam crucifixos enfiados nos anus ou Golden Shower em praça pública.

    No fundo, acho que a maioria dos bolsonaristas sabe bem disso.

    Mas o que causa repulsa de imensos setores da sociedade brasileira pela esquerda não é isso, mas o fato de que a esquerda considera essas demências uma opinião de seu campo, como outra qualquer.

    Problematizar um satanista psicopata serial killer (ou “spree killer”, não sejam ignorantes, nos alerta Lelê) mostra um nível de amoralidade totalmente incompatível com a vida em sociedade.

    Não, Lázaro não é “apenas mais um miserável cheio de chagas psicológicas e que cansou de mendigar sua condição de gente”.

    Isso é falso, e causa profunda indignação no cidadão que nasceu nas mesmas condições de Lázaro e luta para proteger sua família do crime.

    Ele não é apenas mais uma vítima da sociedade, e se tivesse sido, hoje seria um de seus principais algozes.

    Lázaro é um PSI-CO-PA-TA.

    O ser humano é muito mais complexo do que o simplismo sociologista dos construtivistas sociais quer crer. Ele não é uma mera construção social. Ele é uma construção social em cima de uma base biológica de hormônios instintos e limites, de um sistema nervoso que tem uma certa estrutura, de um conjunto de informações, de um histórico de condicionamento e de – creio eu e acredito que ele não – algum montante de livre arbítrio criativo e auto construtor, sua natureza espiritual.

    Assim como a direita reduz o problema da violência a um simplismo de vingança contra o mal, parte significativa da esquerda reduz o problema da violência à injustiça social.

    Mas eu não estou aqui fazendo uma “falsa simetria” (horror teórico que revoga a “regra de ouro” da moral). Equalizando as duas posições.

    A posição dessa “esquerda” é muito pior, porque é amoralista. Ela assume o olhar do criminoso, não o da mulher estuprada ou do pai pobre e trabalhador assassinado por 50 reais.

    Como alguém saudável psiquicamente pode olhar para um estupro e se colocar na posição do estuprador, e não da vítima?

    Aberrações como a “justiça restaurativa” são derivadas do relativismo moral que já é em si uma degeneração do sociologismo.

    Não, o objetivo primário do sistema judiciário não é o “justiçamento”, a vingança, mas tampouco a “restauração” do criminoso. Seu objetivo primário é proteger os outros inocentes.

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    4 COMENTÁRIOS

    1. Ótimo artigo contrapondo essa visão amoral sobre crimes bárbaros e seus autores vistos como ‘vítimas’ da sociedade, enquanto as verdadeiras vítimas são completamente desprezadas!
      Parabéns ao ex-ministro Aldo Rebelo e equipe por buscarem uma aproximação entre esquerda e direita para juntos construirmos um país melhor!

    2. A política em geral, da política dos partidos ao pensamento político e social, substituiu o humanismo e a esperança no progresso e no desenvolvimento humano pela misantropia, por uma espécie de desesperança no ser humano.

      Os sintomas são vários e as peças do vitral da distopia misamtrópica cobre todo o espectro político.

      Gostei do artigo e da forma como ele trata os sintomas. Eu, por outro lado, gostaria de ver os intelectuais e partidos em cruzada reflexiva e meditativa sobre as causa.

      Por que esquerda e direita pensam como pensam e atuam como atuam? Por que substituíram o humanismo pela misantropia?

    3. Sou um conservador e conheci este canal por meio do Cmdt Farinazzo do Canal Arte da Guerra.
      Não podemos nos dividir no simplismo perverso de direita e esquerda. Temos sim visões diferentes e que devem se complementar para defender os interesses de nossa Pátria e de nosso povo.
      Parabéns ao Ministro Aldo e equipe por serem os porta vozes deste diálogo conosco para unir o Brasil.

      • Amigo, muito importante esse seu comentário. É isso mesmo. O problema é que tudo virou caricatura no Brasil para se manter uma narrativa, de ambas as partes.

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