Gilberto Freyre

A Seção Brasiliana do Portal Bonifácio celebra, neste 15 de março, os 123 anos do nascimento de Gilberto de Mello Freyre (Recife-PE, 1900- 1987). Escritor e historiador, sua obra é dedicada principalmente ao estudo da miscigenação étnica e cultural e da formação da identidade brasileira, resultando em uma civilização tropical e original. De acordo com Freyre, em vez da segregação, comum no mundo anglo-saxão, o potencial da nacionalidade reside na mistura de entre brancos, negros e índios em uma diversidade de combinações, sem prejuízo da unidade nacional. Casa-Grande e Senzala (1933), Sobrados e Mucambos (1936), Continente e Ilha (1943), Interpretação do Brasil (1947), Ordem e Progresso (1957) estão entre seus principais livros. Casa Grande e Senzala foi recebido como um libelo contra as teorias racistas predominantes na sociologia que atribuíam o fracasso civilizatório à mistura das raças, e onde o racismo apontava uma morbidez Freyre via uma virtude do brasileiro. Sua obra foi acusada de comunista e negrófila e queimada por racistas nas ruas do Recife. É de se registrar, ainda, que a obra de Freyre foi instrumento importante de combate ao nazismo em ascensão na década de 1930.

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    1 COMENTÁRIO

    1. Vargas e Freire sao semelhantes na medida que viam o Brasil como civilizacao sincretica destinada a uma unidade cultural no universo de suas variedades interativas costuradas pela lingua. A visao patrimonialista introduzida pelos portugueses com as capitanias hereditarias atrasou expansao capitalista ao impedir reforma agraria e formacao do mercado interno consumidor. Os juros sao altos porque sem consumo a expansao produtiva nao se realiza e a democratizacao economica se transforma em autoritarismo politico e no limite no fascismo.

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