A indústria do etanol do Brasil está fazendo nova ofensiva para conquistar o mundo. Segundo reportagem de Eduardo Sodré na Folha de S. Paulo, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) levou uma comitiva de produtores de açúcar e álcool à China, Estados Unidos e Índia para demonstrar que o etanol brasileiro é o combustível do futuro – pelo preço e proteção do meio ambiente. Veículos movidos a álcool reduzem em 90% a emissão dos gases causadores do efeito estufa em comparação aos de gasolina, e 50% aos de diesel.
O presidente da Única, Evandro Gussi, disse que o Brasil pode exportar etanol anidro para que seja misturado ao combustível fóssil em outros países – procedimento de que o País é um exemplo. A gasolina já recebe adição de 27% de álcool e nada menos que 97,7% dos carros que circulam no Brasil podem ser abastecidos com álcool ou gasolina, seja com a mistura em qualquer proporção, seja com o tanque cheio de qualquer um dos dois combustíveis.
“Ele afirma que os carros a gasolina mais modernos já aceitam percentuais altos de álcool sem apresentar falhas, citando o exemplo de modelos premium produzidos no Brasil.
De fato, isso ocorre. A evolução dos motores e dos sistemas de injeção de combustível permitem ajustes eletrônicos que adequam os automóveis a mudanças como essa. No entanto, é necessário usar os mesmos parâmetros adotados no Brasil, onde a gasolina comum recebe a adição de 27% de etanol anidro,” diz a reportagem.
Estudos da indústria demonstram que o etanol pode ser mais amigável ao ambiente que até mesmo os carros movidos a eletricidade. Ainda segundo a Folha, “Gussi diz que a poluição causada por usinas de carvão, fornecedoras de grande parte da energia consumida em países da Ásia, pode tornar carros movidos a eletricidade mais nocivos ao ambiente do que um veículo a gasolina.”
Carro a álcool do Brasil é mais limpo que o elétrico a bateria
Já o diretor do Instituto Mauá, Renato Romio, informou que “existem estudos sobre a produção de baterias que mostram que o nível de geração de CO2 nesse processo é muito elevado, podendo levar anos para que um carro elétrico compense no uso essas emissões.”