Daniela Amorim / Agência Estado
A indústria registrou perdas na produção em 17 das 26 atividades
pesquisadas na passagem de maio para junho, segundo os dados da Pesquisa
Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Na média geral, a produção recuou 0,6%, o segundo
mês seguido de resultados negativos, acumulando uma perda de 0,7% no
período.
“O setor industrial mostra perfil disseminado de quedas entre as
atividades pesquisadas”, apontou André Macedo, gerente da Coordenação de
Indústria do IBGE.
Em junho, as principais influências negativas foram de produtos
alimentícios (-2,1%), máquinas e equipamentos (-6,5%) e veículos
automotores, reboques e carrocerias (-1,7%).
Outras contribuições negativas relevantes foram de metalurgia (-1,7%),
produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,8%), celulose, papel e
produtos de papel (-2,2%), outros equipamentos de transporte (-6,5%),
manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-5,0%),
coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,0%).
Na direção oposta, entre os nove segmentos que ampliaram a produção, o
destaque foi o avanço de 1,4% das indústrias extrativas. O setor
extrativo acumulou uma alta de 11,0% nos últimos dois meses, após uma
perda de 25,6% nos primeiros quatro meses do ano.
Revisões
O IBGE anunciou nesta quinta-feira, 1º de agosto, que revisou o
resultado da produção industrial em maio ante abril, de -0,2% para
-0,1%.
Na categoria de bens intermediários, a taxa de maio ante abril foi revisada de 1,3% para 1,4%.
O desempenho dos bens de consumo duráveis em maio ante abril passou de -1,4% para -2,4%.
A taxa de abril ante março saiu de 3,3% para 3,7%.