Aldo Rebelo lança “Fórum Paulistano de Debates da COP 30”: “A Região Mais Rica do Nosso País é a que Também Possui os Maiores Índices de Pobreza”

Nesta segunda-feira, 15 de julho, o secretário de Relações Internacionais da Cidade de São Paulo, Aldo Rebelo, participou do lançamento do Fórum Paulistano de Debates da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30). O evento, realizado na Prefeitura de São Paulo, teve como objetivo apresentar o novo projeto para autoridades dos setores do meio ambiente, agropecuária e desenvolvimento nacional.

O evento contou com a presença dos secretários municipais paulistanos Rodrigo Ravena (Verde e Meio Ambiente), Enrico Misasi (Executivo de Relações Institucionais), Renato Nalini (Mudanças Climáticas), o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e o secretário de Agricultura do Estado do Pará, Giovanni Queiroz. Rebelo expôs um panorama socioeconômico da Amazônia, enfatizando: “A região mais rica do nosso país é a que também possui os maiores índices de pobreza do território nacional”.

Com a finalidade de promover discussões sobre o direito ao desenvolvimento econômico e social e as mudanças climáticas, especialmente para a população amazônica, o Fórum Paulistano de Debates da COP 30 será coordenado pela Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI). A iniciativa envolverá encontros e reuniões com diversos órgãos e setores, incluindo governos locais, estaduais e federal, instituições internacionais, sociedade civil, setor privado e academia.

Além de debates, o fórum buscará implementar gestões coordenadas, realizar estudos e relatórios de ação e promover a conscientização pública sobre a urgência de discutir uma proposta desenvolvimentista para a região amazônica, amparada por um projeto sustentável para o progresso socioeconômico do Norte do Brasil. A meta é fortalecer a cooperação entre diferentes níveis de governo e outros atores, buscando soluções integradas e sustentáveis.

A iniciativa em questão visa contribuir para a produção de uma agenda brasileira para a COP 30 em Belém do Pará, que ocorrerá em 2025, orquestrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e abordará a Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, com o intuito de fortalecer a cooperação entre governos nacionais, regionais e locais no planejamento, financiamento e implementação de metas climáticas. O Fórum proposto por Rebelo quer levar para COP 30 a consciência de que as pautas ecológicas e sustentáveis devem ser defendidas, entretanto sem isolar a necessidade de um projeto de progresso econômico no Brasil e na Amazônia.

Durante o evento, Aldo Rebelo ressaltou a importância de discutir a garantia do direito ao desenvolvimento econômico e social da população da região amazônica, que possui alguns dos piores índices de desenvolvimento humano (IDH) do Brasil. Já o Índice de Progresso Social (IPS), lançado pelo professor Michael Porter da Harvard Business School, mede o desempenho das sociedades com base em marcadores sociais e ambientais, ao invés de indicadores econômicos. Desde o início desse estudo em 2014, o Brasil caiu do 46º para o 67º lugar no IPS em 2024, indicando um aumento nas desigualdades sociais e econômicas. As cidades com os piores índices se concentram no Norte do Brasil, especialmente no estado do Pará. Segundo dados do UOL, os municípios com os piores índices são:

  • Uiramutã, RR (37,63)
  • Alto Alegre, RR (38,38)
  • Trairão, PA (38,69)
  • Bannach, PA (38,89)
  • Jacareacanga, PA (38,92)
  • Cumaru do Norte, PA (40,64)
  • Pacajá, PA (40,70)
  • Uruará, PA (41,26)
  • Portel, PA (42,23)
  • Bonfim, RR (42,27)
  • Anapu, PA (42,30)
  • Oiapoque, AP (42,46)
  • Pauini, AM (42,63)
  • Nova Nazaré, MT (42,78)
  • São Félix de Balsas, MA (43,05)
  • Feijó, AC (43,11)
  • Amajari, RR (43,38)
  • Pracuúba, AP (43,50)
  • Gaúcha do Norte, MT (43,53)
  • Santa Rosa do Purus, AC (43,78)

Em maio deste ano, Aldo Rebelo lançou seu mais novo livro, “Amazônia: a Maldição de Tordesilhas”, que discute o desenvolvimento da Amazônia, abordando a histórica exploração da região e a necessidade de uma abordagem que combine proteção ambiental com desenvolvimento socioeconômico. Sua trajetória política sempre foi marcada pela defesa da soberania nacional e pelo progresso do Brasil, e a criação desse fórum é mais uma etapa nessa missão em prol da garantia do direito ao desenvolvimento da população do país.

O lançamento do Fórum fez o convite a diferentes entidades envolvidas com o setor Agropecuário da região norte, recebendo a presença da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), representada por Eliana Zacca, Assessora da Presidência da instituição, também a Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB-PA), representada pelo seu presidente Alann Rezende Ciclor, e a Associação dos Criadores do Pará (ACRIPARÁ), representada por Sinara Paese Honorato.

O evento se encerrou com uma rodada de discursos das autoridades e representantes de entidades, que trouxeram olhares diversos sobre diferentes setores da Agropecuária brasileira, e como cada um poderia colaborar efetivamente para a construção de uma nova agenda nacional para a COP 30.

“O Brasil precisa apresentar sua agenda de preservação e desenvolvimento para o mundo, e não o inverso”, concluiu Aldo Rebelo.

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