O potencial de atração de investimentos do Brasil é enorme. Mesmo em uma conjuntura internacional complicada, marcada por tensões geopolíticas e incertezas políticas, o Brasil continua a atrair investimentos. Afinal, estamos entre as 10 maiores economias do mundo, possuímos um parque industrial moderno e diversificado e um mercado consumidor de mais de 200 milhões de pessoas. Também possuímos uma ampla rede de universidades, institutos técnicos federais e estaduais e institutos de pesquisa que formam mão de obra qualificada para a agricultura, a indústria e o setor de serviços. Além disso, o potencial exportador do país é enorme, tanto para os países vizinhos da América Latina e Estados Unidos, como para a resto do mundo.
Apesar de todos os problemas que o país enfrenta, o Brasil não para de atrair novos investimentos nos mais diversos setores. Conforme noticiou o jornal O Estado de S. Paulo (07/03), com os recentes anúncios de investimentos da Stellantis – dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroen e RAM – de que investirá R$ 30 bilhões no Brasil até 2030, a injeção de dinheiro planejada pelas montadoras alcançará o patamar de R$ 95 bilhões até 2032, o maior ciclo da história. Ainda segundo o jornal, a cifra pode subir até R$ 117 bilhões, de acordo com estimativa da Anfavea. As montadoras chinesas de carros elétricos, como BYD, estão chegando com força no Brasil com projetos de construção de novas fábricas em diversos estados brasileiros.
Na área de energia o potencial de investimentos também é enorme. Conforme noticiou o jornal Valor Econômico (20/03), o ciclo de investimento em energia será de R$ 225 bilhões até 2026. De acordo com o jornal, “Depois de atrair US$ 35 bilhões (cerca de R$ 175 bilhões) em investimentos já contratados para a descarbonização em 2023, segundo dados da Bloomberg EF, o Brasil se prepara para um novo ciclo de aportes bilionários entre este ano e 2026. O setor de energia elétrica vai demandar cerca de R$ 225 bilhões em novos investimentos para viabilizar a expansão da geração de eletricidade e redes de transmissão para fazer chegar energia a todas as regiões do país.”
Em São Paulo, o consórcio composto pelo Grupo Comporte, dos mesmos proprietários da GOL e a chinesa CRRC, uma das maiores referências internacionais no fornecimento de equipamentos ferroviários, venceram o leilão da concessão de implementação da linha de trem expresso de passageiros entre as cidades de São Paulo, Jundiaí e Campinas, no qual serão investidos R$ 14,2 bilhões, dos quais R$ 9 bilhões fornecidos pelo estado. Ainda na área de infraestrutura, o governo federal vai leiloar neste ano 16 áreas em portos pelo País, com expectativa de um valor total de investimentos privados de R$ 8 bilhões, segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo (18/3).