Instituto José Bonifácio anuncia agraciados com o Prêmio José Bonifácio em 2024

    O Prêmio é conferido pela instituição a pessoas físicas e jurídicas que tenham se destacado na defesa dos interesses nacionais, da democracia, do desenvolvimento social, da cultura, das artes e das ciências, valores e causas caros ao Instituto. A homenagem é constituída de um busto do Patriarca da Independência e um diploma.


    COMUNICAÇÃO

    Carlos Alberto Di Franco

    Nascido em São Paulo, capital, o professor Di Franco é bacharel em Direito pela Pontífice Universidade Católica (PUCSP), especialista em Jornalismo Brasileiro e Comparado. 

    Doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, diretor do programa Estratégias Digitais para Empresas de Mídia (ISE). Professor convidado da Facultà di Comunicazione Sociale Istituzionale (Roma), professor do Curso de Jornalismo Aplicado do Grupo Estado e diretor da “Di Franco, Consultoria em Estratégia de Mídia”.

    Consultor de Empresas Informativas.  Consultor do Grupo O Estado de S.Paulo. Presidente do Conselho Diretor do CEU. Membro do Conselho Consultivo do Grupo Rede Amazônica de Televisão. Membro do Conselho do Grupo AJ Vierci (jornal Última Hora, Telefuturo), no Paraguai. Membro do Conselho da Fundação São Paulo. Colunista de  O Estado de S.Paulo, O Globo (Rio de Janeiro), Gazeta do Povo (Curitiba), Estado de Minas (Belo Horizonte), Grupo Gazeta (Vitória), Diário do Nordeste  (Fortaleza), O Liberal (Belém) e de diversos jornais brasileiros.

    Membro do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR). Membro do Comitê Editorial da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Membro do Conselho Editorial da Revista Comunicación y Sociedad (Pamplona, Espanha). Membro da Academia Cristã de Letras. Autor de “Jornalismo, Ética e Qualidade” (Editora Vozes, São Paulo), “La Noticia Sembrada” (Editora Istmo, México), “Jornalismo como Poligrafia (Porto, Portugal), “O Futuro da Informação na América Latina” (Buenos Aires). Coautor de O papel da polícia na sociedade democrática” (Editora Mageart, São Paulo). Coordenador do livro “Agenda Brasil – Perspectivas para a próxima década” (Editora Manole, São Paulo). Coautor do Tratado de Direito Constitucional (Editora Saraiva, São Paulo).

    Por sua contribuição intelectual e profissional ao jornalismo brasileiro, e pela valorização da memória e da história do Brasil, o professor Carlos Alberto Di Franco faz jus à homenagem do Instituto José Bonifácio.


    MUNDO DO TRABALHO

    Chicão

    O sindicalista Eduardo de Vasconcellos Correia Annunciato – Chicão, nasceu em São Paulo, capital, em 4 de maio de 1973.

    Pai de quatro filhos, é Técnico licenciado de Sistema Elétrico III da Enel (antiga Eletropaulo). Formou-se no curso técnico do SENAI Roberto Simonsen no Brás e ingressou na antiga Eletropaulo, atuando como eletricista de rede elétrica. Trabalhou pesado ainda muito jovem, instalando postes e redes de distribuição de energia elétrica, e desde sempre deu importância à qualificação profissional, tendo desenvolvido elevada consciência social.

    Além de técnico eletricista, é pós-graduado em Gestão de Pessoas e junto com vitoriosa carreira profissional construiu sólida trajetória no movimento sindical, tornando-se referência nacional do sindicalismo brasileiro.

    É presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo desde 2015, foi fundador e presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente (FENATEMA); vice-Presidente da Força Sindical e secretário de Educação da CNTI.

    Por liderar e representar mais de 160 mil trabalhadores do setor elétrico, do saneamento e meio ambiente todos os anos, em mais de 350 acordos coletivos/convenções, conhece os anseios dos trabalhadores e os desafios da indústria.

    A consciência, a determinação e o compromisso de contribuir com a luta dos trabalhadores e por uma nação desenvolvida e equilibrada socialmente são seus princípios e valores, e justificam a homenagem do Instituto José Bonifácio.


    PERSONALIDADE DA ECONOMIA

    Josué Gomes da Silva

     O empresário Josué Christiano Gomes da Silva nasceu em 25 de dezembro de 1963, em Ubá, interior de Minas Gerais.

    Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos, tem MBA em Administração de Negócios pela Vanderbilt University, nos Estados Unidos. É filho de José Alencar (1931-2011) vice-presidente da República nos dois primeiros mandatos do governo Lula. Casado com Maria Cristina Gomes da Silva e pai de Bárbara e Josué, o filho caçula do ex-presidente e da enfermeira Mariza Campos Gomes da Silva tem duas irmãs.

    Josué é diretor-presidente da Coteminas, fábrica têxtil fundada por seu pai, e faz parte da administração de outras companhias do grupo. É mestre em Administração de Empresas e tem participação ativa em entidades sindicais e classistas. Presidiu a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) e integra do Conselho do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI).

    Administrador reconhecido internacionalmente, fez parte do Conselho de Administração da Petrobras. É membro efetivo do Conselho de Administração da Embraer, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

    Por sua dedicação à causa do desenvolvimento nacional e em defesa da industrialização do Brasil, Josué Christiano Gomes da Silva faz justiça ao prêmio do Instituto José Bonifácio como personalidade da Economia em 2024.


    CULTURA

    Júlio Medaglia

    O maestro e compositor nasceu em 16 de abril de 1938, em São Paulo, capital.

    Diplomou-se em regência sinfônica pela Meister-klasse da Escola Superior de Música da Universidade de Freiburg no começo dos anos 1960. Vivendo na Alemanha por mais de 10 anos, regeu algumas das orquestras mais importantes como a Filarmônica de Berlim. Nessa época, assistiu aulas de mestres da vanguarda musical como Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen e teve colegas ilustres como o músico Frank Zappa. Medaglia também fez curso de alta interpretação sinfônica com Sir John Barbirolli, de quem foi assistente na Itália.

    De volta ao Brasil no final dos anos 1960, assinou o arranjo de “Tropicália” (1968), canção de Caetano Veloso que batizou o Tropicalismo e que viria a modificar para sempre as estruturas da MPB. Foi também um dos responsáveis por inserir Caetano na vanguarda paulistana.

    Além de sua atividade como maestro, a partir dos anos 1970 trabalhou como professor e compositor de trilhas sonoras, compondo mais de uma centena de trabalhos para teatro, cinema e televisão.

    Ao longo de sua carreira, maestro Júlio Medaglia fundou e dirigiu diversas orquestras. Uma das mais notórias é a Amazonas Filarmônica, um projeto ousado com a participação de músicos de diversos países se apresentando no Teatro Amazonas (Manaus).

    Em 1996, o maestro participou das homenagens aos 100 anos de morte do compositor Carlos Gomes regendo a ópera “O Guarany” com a participação de 200 músicos da Ópera Nacional da Bulgária, um evento transmitido por vários países europeus pela TV Eurovisão e registrado em CD e em vídeo.

    Por seu trabalho como escritor de livros e artigos sobre música, em 2009, Medaglia foi eleito para a cadeira de nº 3 da Academia Paulista de Letras, a mesma que pertenceu a Mário de Andrade. Atualmente, também atua como membro da Academia Nacional de Música.

    Além de suas inúmeras condecorações, recebeu do Ministério da Cultura a “Grã-cruz” da Ordem do Mérito Cultural.

    Por seu talento e trabalho o maestro Júlio Medaglia projetou a cultura nacional, contribuiu para a renovação estética da música brasileira e justifica com sua trajetória a homenagem do Instituto José Bonifácio.


    DEFESA NACIONAL

    Almirante Leal Ferreira

    Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira nasceu em 2 de junho de 1952, na capital do Rio de Janeiro.

    Filho do Almirante-de-Esquadra Luiz Leal Ferreira e Lygia Maria Bacellar Ferreira, é casado com Christiani Prisco Leal Ferreira e tem um casal de filhos e dois netos.

    Formou-se na Escola Naval em 1974, permaneceu embarcado por mais de 16 anos e possui cerca de 1300 dias de mar. Exerceu, como Capitão-Tenente, o comando de seu primeiro navio, o Aviso de Instrução “Aspirante Nascimento”. Promovido a Almirante em 2004, comandou o Centro de Instrução Almirante Alexandrino, a Escola Naval e o 7º Distrito Naval, presidiu a Comissão de Desportos da Marinha, foi Diretor de Portos e Costas e Comandante em Chefe da Esquadra. Já como Almirante de Esquadra, comandou a Escola Superior de Guerra. Foi Comandante da Marinha entre 2015 e 2019.

    Em sua jornada, dedicou-se ao aprimoramento da formação e capacitação técnico-profissional de militares e civis. Ampliou a participação em cursos no país e no exterior, e conduziu estudos para a reestruturação da carreira das praças. Iniciou a diversificação da base geográfica de captação dos interessados em ingressar na Marinha a cidadãos de todas as regiões do país. Estimulou a inserção da mulher na Marinha em navios e unidades de fuzileiros navais. Um marco nesse processo foi a formatura na Escola Naval das primeiras Guardas-Marinha Intendentes. 

    Durante seu Comando, foram dados importantes passos no Projeto de Construção de Corvetas Classe “Tamandaré”, que prevê quatro navios escolta de médio porte. Enfrentou, com profissionalismo, o desafio de reconstruir a Estação Antártica Comandante Ferraz. Em apoio à política externa do Brasil, a Marinha do Brasil prosseguiu no comando da Força Naval das Nações Unidas no Líbano e estreitou a cooperação com as Marinhas amigas da África Ocidental. Ao longo desse período, Leal Ferreira manteve relacionamento profissional e fraterno com o Ministério da Defesa e com os irmãos do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, o que se mostrou fundamental para racionalizar esforços na busca por soluções conjuntas a problemas comuns. 

    Leal Ferreira possui respeitável formação acadêmica, foi agraciado com dezenas de medalhas ao mérito no Brasil e no exterior e já na reserva presidiu o Conselho de Administração da Petrobras no período de 2019 a 2022.

    Por sua dedicação ao Brasil e à causa da defesa nacional, reunindo competência e espírito patriótico, o Almirante Leal Ferreira faz jus à homenagem do Instituto José Bonifácio.


    ESPORTE

    Maurren Maggi

    A atleta nasceu em São Carlos, interior de São Paulo, em 25 de junho de 1976.

    Maurren tornou-se o maior nome da história do atletismo feminino do Brasil após ganhar a medalha de ouro na prova de salto em distância nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

    Recordista brasileira e sul-americana do salto à distância, com 7,26 m, e bicampeã pan-americana em Winnipeg 1999 e Rio 2007 na mesma prova, foi a recordista sul-americana da prova dos 100 metros com barreiras, em 2003.

    Maurren terminou duas vezes o ano como a Melhor Atleta de Salto a Distância do Mundo, em 1999 e 2003 e chegou a ser eleita a nona melhor atleta da história da modalidade, em 1999. Seu maior salto daquela temporada foi de 7,26 m.

    Ganhou a medalha de ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007, no salto em distância. No início de 2008, na preparação olímpica, Maurren saltou 6,89 m no Mundial de Atletismo Indoor, na Espanha, conquistando a medalha de prata.

    Conquistou a medalha de ouro no Troféu Brasil de Atletismo, no mês de junho, com a marca de 6,99 m, o segundo melhor salto do mundo do ano de 2008.

    Em 17 de maio de 2009, Maurren venceu a prova de salto em distância do Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo, com a marca de 6,85 metros.

    A atleta foi casada com o piloto Antônio Pizzonia, com quem tem uma filha, Sophia, nascida em 20 de dezembro de 2004.

    Maurren Maggi projetou o nome do Brasil no espaço mais elevado do esporte mundial, é exemplo de dedicação e disciplina, justificando assim a homenagem do Instituto José Bonifácio.


    BRASIL RURAL

    Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ

    A ABCZ teve sua origem registrada em março de 1967, quando foi incorporada pela Sociedade Rural do Triângulo Mineiro (SRTM), entidade herdeira das atividades do então “Herd Book da Raça Zebu”, que desde 1919 tinha como objetivo assegurar a garantia de origem dos filhos dos animais importados. Os criadores foram buscar na Índia touros e matrizes para melhorar o rebanho brasileiro, em importações pioneiras que foram verdadeiras epopeias.

    A tradição secular do trabalho com pesquisa para produção nacional de carne e leite e a promoção do melhoramento genético, com o registro genealógico das raças zebuínas faz da ABCZ entidade estratégica para manter o Brasil como o maior exportador e o segundo maior produtor de carne bovina do mundo. 

    A produção esperada até o final de 2024 é de 6,6 milhões de toneladas para o consumo interno e de 3,5 milhões de toneladas para exportação dirigida a mais de 150 países. Toda esta riqueza sai de um rebanho de mais de 200 milhões de cabeças de gado composto em cerca de 80% pelas raças zebuínas, como Nelore, Gir, Guzerá, Brahma, Indubrasil, Sindi, Punganur, Cangaian e Tabapuã.

    Por estar presente nas demonstrações culturais do povo, pode-se dizer que a história da pecuária se divide em antes e depois do Zebu, originário da Índia, rústico e adaptado aos trópicos, que propiciou aos persistentes e inovadores criadores de gado espalhados por todo o país as condições para a expansão desta atividade. 

    A partir de escritórios regionais e da sua sede no parque Fernando Costa na cidade de Uberaba, em Minas Gerais, onde se realiza, desde 1935, anualmente, a feira ExpoZebu, a ABCZ conta com mais de 22 mil associados e promove o melhoramento genético e o registro genealógico das raças zebuínas em todo o Brasil.

    A ABCZ protege a memória da pecuária nacional e de sua contribuição à formação das fronteiras nacionais e à construção econômica, social e cultural do Brasil. Hoje a pecuária brasileira é responsável por parcela importante do dinamismo econômico do País e da segurança alimentar do povo brasileiro, tendo a ABCZ como sua instituição mais representativa, o que justifica a homenagem do Instituto José Bonifácio.


    CIÊNCIA E PESQUISA

    Instituto Agronômico de Campinas – IAC

    O IAC foi fundado em 21 de junho de 1887, por decreto do Imperador Pedro II, inicialmente denominado Estação Experimental de Campinas, cidade escolhida em razão de a produção de café ter se deslocado do Rio de Janeiro para São Paulo, e a região de Campinas responder naquele momento como centro da expansão cafeeira e porta de entrada para as regiões a serem desbravadas.

    Com 137 anos de atuação ininterrupta, é um dos principais centros de pesquisa do País e referência internacional na pesquisa de café, possuindo o mais completo banco de germoplasma de café do mundo.

    De seus laboratórios e campos de experimentação saíram mais de 1.000 cultivares de 100 espécies de plantas como o Feijão Carioca, plantado em todos os estados brasileiros; uma enorme variedade de frutas típicas; a maioria das variedades de algodão herbáceo que sustentam a produção nacional; variedades de Cana-de-Açúcar e pacotes tecnológicos usados em mais de 10 estados do Brasil e no México e cerca de 90% dos cultivares de Café Arábica do país.

    O Estado de São Paulo deve ao trabalho do IAC o fato de ter se tornado, nos últimos anos, o principal produtor de borracha natural e amendoim, comprovando que a característica que distingue a Instituição, na sua centenária existência, é a de unir a excelência na pesquisa científica com capacidade e talento na inovação tecnológica para atender às necessidades da agricultura paulista e nacional. 

    Quando visitou o Brasil em 1968, a rainha Elizabeth pediu ao cerimonial inglês uma visita e um encontro de sua escolha pessoal: o encontro, com Pelé, o rei do Futebol, que ocorreu em uma partida entre as seleções de São Paulo e do Rio de Janeiro no; e a visita, ao Instituto Agronômico de Campinas que despertara a atenção e o respeito da rainha.

    A propósito do IAC, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes costumava contar a seguinte história: ao retornar do exílio e assumir o governo de Pernambuco, tomou conhecimento do desaparecimento, por falta de cultivo, de uma determinada variedade de mandioca. Arraes dizia que buscou essa semente desaparecida por todo o Brasil, pela Colômbia, pela África, e só veio a encontrá-la no banco de germoplasma do IAC.

    Pela sua contribuição à ciência e à pesquisa nacionais, à agricultura de São Paulo e do Brasil e à segurança alimentar do povo brasileiro o Instituto Agronômico de Campinas justifica a homenagem do Instituto José Bonifácio.


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