Só no mês de junho a indústria da transformação paulista fechou 13 mil
postos de trabalho, informa a Fiesp, entidade que congrega as empresas
do setor. O resultado significa uma queda de 0,61% em relação a maio.
No entanto, mesmo com o fechamento das 13 mil postos no mês passado, a
indústria contabilizou saldo positivo no primeiro semestre, com a
abertura de 2,5 mil vagas, um aumento de 0,11% sobre o semestre
anterior.
“A geração de emprego foi fraca no primeiro semestre, ficando abaixo das
nossas expectativas. Esse resultado sinaliza que a indústria paulista
deve ter fechamento líquido de vagas no ano de 2019”, diz José Ricardo
Roriz, 2º vice-presidente da Fiesp e do Ciesp.
Apesar de haver expectativa de um saldo negativo na geração de vagas
para a indústria paulista este ano, Roriz destaca que a atividade
econômica deve ganhar ritmo com o andamento das reformas e a diluição
das incertezas.
Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 77% apresentaram variações
negativas, com quatro contratando, 17 demitindo e um permanecendo
estável.
Os principais destaques negativos são o segmento de veículos
automotores, reboque e carroceria, com 2.260 demissões; produtos
alimentícios, com fechamento de 2.074 vagas; e confecção de artigos do
vestuário e acessórios, com desligamento de 1.305 trabalhadores.
No campo positivo ficaram, principalmente, produtos diversos (318); bebidas (199), entre outros.