ASeção Brasilidades do Portal Bonifácio homenageia, neste 31 de outubro, o dia do Saci Pererê. A data valoriza o folclore brasileiro na figura do personagem que aparecia com suas brincadeiras sempre à noite, cujo nome tem origem na língua Tupi-Guarani. A lenda do Saci provavelmente surgiu entre os povos indígenas do sul do Brasil durante o período colonial, onde ele era retratado como um menino índio que morava na floresta, com sua pele bronzeada e uma cauda. Em outras regiões do Brasil aparece como menino negro, usando gorro e fumando cachimbo. No futebol, o Saci está presente como mascote do Internacional de Porto Alegre e foi imortalizado na literatura brasileira na obra do escritor Monteiro Lobato e nos desenhos do cartunista Ziraldo. Na Câmara dos Deputados, projetos dos ex-deputados Aldo Rebelo, Chico Alencar e Ângela Guadagnin tentaram oficializar o 31 de outubro como Dia do Saci e do folclore brasileiro.
Em Botucatu/SP o Saci é invocado nesta data na tradicionalmente chamada ‘’Festa do Saci’’. Pela situação geomorfológica das Cuestas Basálticas da Depressão Periférica Paulista ali preservando picos com altitudes acima de 1.000 metros do nível do mar, as correntes de vento formam grandes e peculiares remoinhos na poeira dentro dos quais presume-se rodar o Saci. Assim folcloricamente acreditam os ‘’caçadores ou caçadoras de Saci’’ que ali atuam nessa época do ano.
Também meu avô paterno José Domingues da Silva, benzedor nos anos 50/60/70, dizia a seus netos e netas, e eu particularmente acreditava, que o Saci-Pererê dava nó nas crinas dos cavalos e mulas nas madrugadas que assim amanheciam nos pastos da região nesta época. E ele raspava uma por uma crina na manhã seguinte da travessura do Saci-Pererê. E assim para nós o Vovô Zé cantava: ‘’O Saci-Pererê, de uma perna só, gritou no ouvido da minha vó’’. E minha vó se zangava com ele e nós ‘’rachávamos’’ de rir. Quem vivenciou, memorizou…